Terapia para casais

 

Mudar a nós mesmos já é  difícil! Mudar o outro é impossível !

 

Quando  um casamento não vai bem, é comum que um dos dois procure terapia.Geralmente é quem esta sofrendo mais, ou quem é mais esclarecido e sabe que nunca o problema é só de um.

Procurar terapia não é sinal de que a pessoa esteja doente, seja louca, não bate bem. Procurar terapia é um sinal de que aquela pessoa percebe  que o problema está nela também.As mulheres procuram bastante, mas os homens também.

Muitas vezes  os  clientes vem porque acham que  o problema está no outro,mas se procurou é porque sabe que  tem que mudar também..

Sempre falo que  mudar a nós mesmos  já é bem difícil, imagine “mudar o outro “  é impossível !!O primeiro passo é se conscientizar de que há um problema, e que não esta conseguindo resolver. Depois vamos ver qual a sua responsabilidade pelo que acontece, não jogando sempre a culpa no parceiro.

Essa dificuldade  está ligada ao fato da pessoa não querer se confrontar com aspectos  ruins de si mesmo. È isso que C. G Jung, famoso psiquiatra suíço chamou de “sombra”..Usamos vários recursos para não nos confrontarmos com nossa “sombra”, e um deles   muito usado  é a “projeção”. Então projetamos no outro que geralmente é nosso marido ou mulher. ( ou chefe, sogra ,namorada) O mal que nos incomoda está fora, no outro! Assim não somos responsáveis  pelo que  acontece no casamento, a culpa é sempre  do outro..

Mesmo em casos onde claramente o parceiro é abusivo  ou usa drogas, a responsabilidade é dois dois..Aonde a pessoa esta estimulando ou sendo conivente com o comportamento do marido ou mulher?

Num parceiro  que usa álcool,drogas, o outro pode estar estimulando esse comportamento quando por exemplo, após uma crise  de bebedeira  e o parceiro estando arrependido ou  de ressaca, finge que nada aconteceu. Ele pode evitar tocar no assunto porque o outro se enfurece  ou porque vai ficar bonzinho por um tempo e então vamos fingir que nada aconteceu.  Esse é outro recurso que usamos para não enfrentar o problema   se chama “negação.”

Então na terapia vai  ver que o problema não é só do outro , e que pode ser um co-dependente.O que nele  faz com que aceite isso? Aonde é conveniente?  De que maneira está estimulando  isso no  parceiro? Porque aceita esse comportamento?

O ideal seria uma terapia de casal, mas geralmente quem está pior não aceita, então quem está melhor vai se tratar, mas o problema é seu também.

Em alguns casamentos há arranjos que perpetuam   num relacionamento neurótico.

Por ex.se um depende do outro monetária   ou emocionalmente pode aceitar falta de amor ou ser maltratado até mesmo agredido mas não  quer mexer, porque teria que fazer um esforço.Se fosse para terapia iria ver   que deveria se separar, sair  dessa relação ou muda-la, mas prefere  se calar  e não enfrentar a realidade. Não quer enfrentar sua “sombra” , este seu lado preguiçoso,  Enfrentar  a realidade é o primeiro passo, mas é preciso coragem porque se enfrentar vai ter que encarar uma mudança e  toda mudança implica em perdas, o que muito difícil.

Mesmo quando um dos parceiros se recusa  a fazer terapia se um procurar já ajuda bastante. Quem esta sofrendo, deve se tratar, mesmo quando aparentemente não seja culpado! Quando conhecer sua sombra será mais fácil  confronta-la  e ver que sempre é menos terrível do que imaginamos,

 

 

Duvida entre dois amores gera ansiedade e angustia.

 

Escolher entre dois amores não é nada fácil, porque envolve perdas.

Um envolvimento amoroso que se forma em meio a outro gera tanto angústia quanto confusão na maioria das pessoas. A decisão sobre com quem ficar deve partir de uma contabilidade delicada entre o que manda a razão e o que pede o coração. O mais difícil, porém, é aceitar que no momento em que se opta por um dos amores certamente se estará perdendo o outro.

 

“Tenho um namorado há anos. Ele me ama, é trabalhador, bonito e quer compromisso. Mas no trabalho me envolvi com um outro que também diz me amar e insiste para que me separe do primeiro. Não sei de quem gosto mais. Um é estável, sério, confiável; o outro, mais insinuante, melhor na cama e me sinto mais apaixonada por ele. Com qual dos dois fico?”

Recebo muitos e-mails como este, fictício, de pessoas que estão sofrendo porque devem tomar uma decisão. Gostariam que eu lhes dissesse qual caminho é o melhor. Suas dúvidas, na maioria das vezes, se referem à escolha amorosa. Em geral têm um parceiro com quem se dão bem, ou um casamento estável, ou um namoro longo, e de repente outra pessoa aparece, causando um turbilhão em uma vida que aparentemente era tranquila.

Alguns se relacionam com dois ou duas sem sofrer qualquer conflito. São tão egocêntricos que não acreditam que isso possa causar sofrimento, desde que o parceiro não perceba. Mas esconder também não é fácil. E mesmo que aconteça a descoberta, acredita que vai disfarçar, vai mentir, vai negar (como num bolero) e tudo continuará como antes – até a próxima crise, o que certamente irá desgastar o relacionamento e acabar com a confiança.

Mas nem todo mundo consegue viver assim. E são estes que sofrem. Gostam dos dois (o que é perfeitamente possível), mas seus princípios não permitem que mintam, ou, se já estão mentindo, sentem-se mal com isso.

Quando a relação é boa e os parceiros se sentem completos, tendem a ser leais e, se ocorre um envolvimento, conversam, enfrentam o ciúme, as mágoas e as discussões até se entender. Mas se não há abertura para uma conversa, quando surge a necessidade de se fazer uma escolha, há um embate, uma desavença interna, a pessoa se atrapalha, não se conforma em perder nenhum dos dois.

Isso é complicado, pois para cada ganho sempre há uma perda. Se escolhemos casar, perdemos a liberdade dos solteiros, mas ganhamos um companheiro, estabilidade, tranquilidade. Quando começamos a trabalhar, ganhamos nosso dinheiro e a independência dos pais, mas perdemos a comodidade de ter alguém que nos sustenta e que decide por nós.

Assim, vamos amadurecendo e crescendo, sempre tendo de escolher e de enfrentar a depressão pelas perdas. Nessas horas, precisamos pesar os prós e os contras – e mesmo no amor existe uma contabilidade! A razão pergunta: “Quem me dá mais carinho, estabilidade, proteção?” O coração pondera: “Com quem sinto mais emoção, quem me faz sonhar, por quem perco a cabeça?” Conselhos não adiantam. A paixão é cega, surda e burra. Se somos mais emocionais, seguimos o coração. Se somos mais lógicos, escolhemos a razão.

O e-mail com o qual inicio este texto não tem resposta. A pergunta é muito íntima e envolve uma escolha para a vida. Nenhum profissional consciente pode opinar, ainda mais sem conhecer a pessoa que escreve. O que pode, sendo psicoterapeuta, é ajudar na decisão, já que deve ter prática em compreender os símbolos que vêm do inconsciente e facilidade para captar os pontos cegos com certo distanciamento. Feita a escolha, deve-se aceitar a perda e deixar o outro seguir seu caminho. Assim ele também  poderá encontrar alguém que o faça feliz.

 

Cuidado com os psicopatas;eles costumam ser alegres e sedutores

Aparecem nas novelas personagens que no inicio nos encantam mas depois mostram  um lado  cruel. Ele é bonito, charmoso e abusa do romantismo para enganar suas vítimas. Na vida real, os psicopatas também são assim. Por isso, nunca se entregue, nem entregue os seus segredos, a uma pessoa que não conhece direito.

Muitos de nós já ouviu histórias sobre uma tia, avó ou bisavó que herdou uma fortuna, mas perdeu tudo porque o marido jogava ou apostava nos cavalos. Era o famoso “golpe do baú”. Um homem bonito, charmoso, mas sem dinheiro, procurava uma herdeira, “fazia a corte”, ela se apaixonava e casava com ele, a despeito dos protestos de todos os familiares. Ele se dava bem. Ela terminava sem nada, morando “de favor” na casa de algum parente.

Esse personagem ainda existe, é eterno, um modelo de comportamento. E pode ser pior do que um simples cafajeste. Pode ser um psicopata manipulador, como o Léo da novela Insensato Coração, da Rede Globo, vivido por Gabriel Braga Nunes (39). Por confiar nele, a mocinha Norma, interpretada por Glória Pires (48), foi parar na cadeia.

Na ficção, a beleza e o romantismo de Léo o ajudam a confundir suas vítimas. Na realidade também é assim. Psicopatas são alegres, sedutores, estão sempre de bom humor. Em geral são vaidosos e fazem ótima propaganda de si próprios. Mentem e sentem orgulho de sua capacidade de enganar. Falam de sentimentos, embora sejam frios. Na sua maioria são homens e têm nas mulheres seus maiores alvos. Elas se apaixonam sem questionar e não pensam nas consequências. Ingênuas e carentes, confiam, abrem o coração, revelam aspectos de sua vida que deveriam ficar guardados. A facilidade atual de se conhecer pessoas pela Internet, em bares e baladas, as torna ainda mais vulneráveis. Quem trabalha muito e está bem de finanças (hetero ou homossexual) muitas vezes não tem tempo para investir na vida afetiva e também vira presa fácil. Conhece alguém na balada e após alguns drinques acaba na cama com o desconhecido. Pode ser roubado, enganado ou até mesmo assassinado.

Como fazer para não ser uma vítima? Desconfiar, desconfiar sempre. Quando se conhece alguém apresentado por um amigo, quando se sabe um pouco da história de vida da pessoa, é possível confiar. Mas alguém que se conhece num site, num bar ou numa balada é uma incógnita. Primeiro, deve-se marcar encontros em lugares públicos, saber o nome verdadeiro, ter o telefone, conhecer um pouco da história daquela pessoa — e não beber muito nos primeiros contatos, para não perder o controle. Quem é prudente jamais leva um desconhecido para casa. Muito menos conta a ele quanto ganha, o que possui. Só depois de alguns encontros, já de posse de bom número de referências seguras, deve-se ficar a sós com alguém que se conhece assim. E quem já está num relacionamento e desconfia das intenções do parceiro? Se desconfia, geralmente tem motivos: ele pergunta muito sobre sua vida financeira, fala pouco de si mesmo, conta mentiras, esquece sempre a carteira ou perde o cartão na hora de pagar a conta, não diz onde mora ou trabalha. Nesse caso, é melhor enfrentar logo a situação e, no caso de descobrir que as desconfianças eram verdadeiras, ter a coragem de se afastar.

É claro que podemos ter encontros verdadeiros e até um casamento com alguém que conhecemos pela Internet, na rua ou num bar. Mas sem ingenuidade, com os pés no chão. Dessa maneira, se o destino colocar uma pessoa realmente interessante em nosso caminho, não vamos perdê-la, mas com certeza também não seremos mais uma vítima da novela da vida real.

 

Ciume pode ser bom e criativo

O sentimento é inerente à natureza humana e por isso mesmo se tornou um dos temas mais recorrentes nas artes. Quase sempre está presente nas relações amorosas. Em geral é perigoso, sobretudo em excesso, pois às vezes leva ao fim do amor e até mesmo a tragédias. Mas pode ser bom e criativo se os parceiros buscarem suas causas e procurarem melhorar o relacionamento.

O poeta Vinicius de Moraes diz, em seu poema Medo de Amar, que “o ciúme é o perfume do amor”. Seria mesmo o sentimento um sinal de amor? O assunto é controverso. É provável que, se questionados, muitos tenham dúvida. Mas o ciúme é inerente aos humanos. Por isso se tornou um dos temas mais recorrentes nas artes.

Os seres humanos já nascem ciumentos. Quando um bebê vem ao mundo, é comum um irmãozinho se sentir traído pelos pais. Afinal, recebia toda a atenção e agora terá de dividi-la com outro. Isso pode ser motivo de sofrimento. Se os pais souberem lidar com a situação e derem ao pequeno a segurança necessária, ele aprenderá a se controlar. O ciúme está ligado ao desejo de ser amado e à vontade de possuir, de dominar.

O sentimento quase sempre está presente nas relações amorosas. É saudável os parceiros sentirem um pouco de ciúme. Até dá “cor” ao amor. Mas, dependendo da intensidade, da motivação e da freqüência, pode se tornar perigoso. É normal sentir ciúme quando houve uma traição, por exemplo. Para quem já passou por isso, qualquer suspeita desperta o ciúme. É natural que o traído perca o controle e a razão.

Mas não é saudável quando o ciumento é dominado por ele, quando se sente inseguro, tem pensamentos obsessivos e qualquer comportamento do outro é considerado suspeito. Emocionalmente, o ciumento está no mesmo nível do bebê: é só emoção, abandono, raiva e frustração. O ciumento sofre duas vezes: quando sente ciúme e ao se culpar por senti-lo. Em geral ele é inseguro, não acredita que alguém possa amá-lo, sua auto-estima é baixa e por isso mesmo acha que vai ser traído. Muitas vezes se comporta de uma forma que favorece a traição. Então rompe a relação e assim tem certeza de que estava certo. Quando isso ocorre é um alívio, pois não sofre mais com inseguranças e desconfianças. Se o companheiro o traiu, é prova de que tinha razão. Sente que não delirava nem criava fantasmas onde não havia. No ciúme obsessivo, a pessoa quer o parceiro como sua propriedade e posse, não permitindo que fale com outras pessoas. Às vezes não suporta nem que olhe para alguém mesmo na televisão ou em revistas. Quer controlar o que veste, aonde vai, horários, telefonemas, o olhar, o sorriso, os pensamentos. A pessoa vive por intemédio do outro, não tem vida própria, pensa continuamente no que o parceiro está fazendo.

O ciúme é bom e criativo, de outro lado, quando leva o casal a refletir e a conversar sobre os motivos. Quanto mais se nega que existe, mais forte ele fica. Então, vale a pena abrir o coração e pedir ajuda. Se o casal consegue conversar de maneira franca, pode recuperar a confiança mútua. Nas situações em que isso não basta, é aconselhável consultar um profissional e fazer acompanhamento psicológico. Ele pode ajudar a descobrir os motivos inconscientes que levam ao sentimento. Mas o mais importante é se esforçar para transformar emoções infantis em sentimentos criativos, por meio do diálogo, da compreensão, do autoconhecimento e do amor verdadeiro. Quem ama quer ver o parceiro livre e feliz.

 

O Fim de um Amor não é o Fim do Mundo

O fim de um amor não é o fim do mundo. Outros amores virão

A gente sofre, e muito, quando se dá conta que perdeu definitivamente um amor, que a separação é definitiva, não tem volta. Parece que a vida não faz mais sentido. Nos entregamos à tristeza, à raiva. É natural. Com o tempo, porém, isso passa, retomamos a nossa autoestima e seguimos em frente – para viver outras paixões e até mesmo outras desilusões.    

Apesar de isso nunca estar em nossos planos, o amor pode chegar ao fim. Um dia aquela pessoa a quem nos dedicamos e com quem fazíamos planos nos diz que “infelizmente acabou”. Não é por nada que fizemos, não há culpa ou motivos, simplesmente chegou ao fim. Quando acontece, é difícil de acreditar. Prometemos mudar, propomos “dar um tempo”. Nada adianta – e é melhor assim.
Receando encarar a verdade, as mulheres  geralmente se culpam – “o que foi que eu fiz?” – ou desculpam – “ele tem medo de amar”. Porém, apesar de doer, é melhor enfrentar o fim e até agradecer a quem tem a coragem de dizer a verdade. Ao menos não prolonga a agonia de algo que já acabou.
Muitos comportamentos sinalizam que já não somos amados. Ele ou ela está sempre dando desculpas para o distanciamento: muito trabalho, cansaço, demandas da família, dos amigos. Ora, quem ama sente saudade, quer ficar junto, viajar, conhecer nossa família, apresentar os amigos. Se isso não acontece é porque não há amor, e o melhor para todos é desistir enquanto ainda resta alguma dignidade.
O homem sente mais dificuldade de dizer claramente que acabou. Se é cavalheiro e educado, não quer ferir aquela a quem amou. Ao mesmo tempo, teme que ela possa fazer escândalo. Por isso, prefere dar as dicas e esperar que ela tome a iniciativa. Se não dá certo, vai levando enquanto sente alguma atração sexual, mesmo que já tenha outra. Muitas vezes ela até percebe que acabou – “quem quer dá um jeito quem não quer inventa uma desculpa”, diz um provérbio árabe –, mas não admite, se ilude, cria a esperança de que seja só uma fase. Só cai na real quando, uma vez longe, ele não telefona, desaparece.
Claro que a rejeição e o abandono machucam. Ao fim de um amor há quem chegue a pensar: “Se ele ou ela tivesse morrido seria melhor”.
A pessoa vive as mesmas fases do luto. Primeiro, a negação: “ela ainda me ama, pois vai volta”; “ele me ama, mas tem medo”. A cada tentativa de volta, porém, há a humilhação de aceitar a realidade. Depois disso, vem a percepção do que se perdeu – a companhia, o carinho, os planos conjuntos. E tudo piora quando se descobre que há outra pessoa: “O que ela ou ele tem que eu não tenho? Juventude, beleza, dinheiro?” Essa descoberta acaba com a autoestima, mas o melhor é se conter. Quem quer viver um Atrás da Porta – lembra-se da música do Chico Buarque (67)? – e se arrastar, se humilhar, arrancar os cabelos, que o faça, mas a sós, sem deixar o outro saber. Por fim, vem a raiva, que nos ajuda a superar tudo. Lembramos dos defeitos, das indelicadezas, das nossas desconfianças que se revelaram certezas.
Uma grande ajuda pode vir dos amigos, da família, que nos dizem como somos bonitos, legais e que tudo vai passar. Também é bom lembrar que conseguimos superar e esquecer outros amores, por mais que na época parecesse impossível. Com o tempo vem a cura, a libertação, a consciência de que é melhor ficar só do que com quem não nos ama mais e, finalmente, a superação, a volta do amor-próprio, o orgulho de ter conseguido se livrar de uma dor que nunca acabava.
Aí, é hora de comemorar: “Estou só e sobrevivo, acordo e me sinto feliz.” Em vez de Atrás da Porta, cantamos Olhos nos Olhos, do mesmo Chico: “Quero ver o que você faz/ Ao sentir que sem você eu passo bem demais/ E que venho até remoçando,/ Me pego cantando, sem mais nem por quê.” E assim seguimos em frente.

D. Juan procura sempre a mulher ideal…..

 O conquistador inveterado procura nas mulheres a perfeição que vê na própria mãe, de quem nunca conseguiu se libertar. Arrogante, só tira prazer da sedução e depois parte pra outra sem se preocupar com o sentimento de ninguém. Como não consegue amar, na maioria das vezes envelhece na solidão ou com alguém que tem pouco a ver com ele, apenas para ter companhia.

 Um leitor pede para que eu escreva sobre o mito de D. Juan   “Acho que sofro desse mal”, diz. Se reconhece, é porque quer mudar. Sugiro uma terapia, mas como é inconstante nos amores, talvez também não tenha constância para se tratar. Quem sabe este texto o estimule a procurar ajuda.

Dom Juan, ou Don Giovanni, é um personagem da literatura, grande sedutor que conquista as mulheres e em seguida as abandona. Ele apareceu pela primeira vez em 1620, no livro O Burlador de Sevilha, do espanhol Tirso de Molina (1579-1648) e ressurgiu em 1787, na ópera Dom Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Depois disso, freqüentou livros, peças de teatro, músicas e filmes, entre os quais O Homem que Amava as Mulheres, do francês François Truffault (1932-1984), e Don Juan de Marco, do norte-americano Jeremy Leven (71).

Para o psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961),  o D. Juan  tem um complexo materno, isto é, não se libertou da mãe e procura sua imagem em todas as mulheres, nunca encontrando.

A origem desse comportamento está na adolescência. Nessa fase da vida é natural que o filho se torne agressivo com a mãe, pois precisa se separar, ter a própria identidade. Se ela tenta mantê-lo calmo e fraco, realizando todos os seus desejos, acaba por dificultar a necessária separação, que o tornaria um homem mais forte e capaz de amar outras mulheres. Impossibilitado de se libertar, ele pode se tornar um Don Juan.

Aquele que envereda por esse caminho em geral é arrogante e se julga melhor que os demais, devido muitas vezes a um complexo de inferioridade. Sem nunca encontrar a mulher perfeita que tanto almeja, sempre tem uma desculpa para não se comprometer – julga que uma é controladora, outra é egoísta, outra gasta demais. Por isso vai trocando e trocando. Acredita ser um grande amante, mas só consegue amar a si mesmo. É narcisista, não leva em consideração os sentimentos dos outros e gosta de desafios: quanto mais difícil for a conquista, maior seu interesse. Não sente amor, apenas prazer em conquistar.

Alguns até se casam, porém projetam na mulher a imagem da mãe e perdem todo o interesse sexual por ela. Acabam arrumando não uma, mas várias amantes para não se sentirem presos ou dominados por nenhuma. O medo de se tornarem dependentes, como foram da mãe, faz com que agridam suas mulheres de forma cruel, traindo ou abandonando.

A mulher que se envolve com esse tipo de homem se apaixona loucamente. Estar com ele é como usar uma droga. Ela sempre quer mais e faz qualquer coisa para não perdê-lo. Acredita que finalmente encontrou aquele amor romântico de que tanto falam a literatura, o cinema, as novelas. Em pouco tempo, porém, o romance se transforma em pesadelo. Ele começa a fazer de tudo para que ela o abandone e assuma a responsabilidade pelo fim da relação. Deprimida e magoada, ela se julga culpada e fica obsessivamente querendo descobrir o que realmente aconteceu. Não vê que o motivo é a incapacidade dele de se ligar, o seu medo do compromisso.

Com a chegada da maturidade, e com medo da solidão alguns desses homens mudam e conseguem se fixar em uma só companheira; quando isso não acontece, eles podem ter crises de angústia e grande dificuldade para aceitar a idade . Alguns terminam se relacionando com mulheres de nível cultural inferior, vindas de mundos muito diferentes do seu, apenas para ter alguém que cuide deles.

Violencia não tem sexo mulheres podem ser tão agressivas quanto os homens

 

Em S.Paulo, num predio de luxo, uma  mulher jovem  mãe, bonita assasinou e esquartejou o marido um executivo  de sucesso porque descobriu que ele a traia.O motivo foi o ciume.

Vemos quase diariante a  homens violentos,  assassinatos de mulheres mas a violencia feminina choca mais.

Mas assim como o amor,  o ciume,  o carinho  e a ternura,    violencia não tem sexo. Ela é um impulso    de homens  e mulheres.

Nossa cultura machista, a testosterona  e a força física   ajudam o homem a perpetrar mais crimes contra as mulheres. A mulher não tem a força física, mas tem  as mesmas fantasias agressivas que o homem.

Os homens tem uma atitude mais agressiva com o  mundo exterior, para vencer, competir, bebem e usam mais drogas que as mulheres. As mulheres tem uma tendencia maior à depressão, a autoagressão. Algumas usam a ameaça de suicidio  para se  agredindo agredir o parceiro  com a culpa .

Uma das formas mais comuns da violencia na mulher é a psicológica, que fere  profundamente e não deixar marcas fisicas.

Quando a mulher ganha mais  que o marido, assume a casa tem o domínio da relação, é mais comum a violencia  financeira, quando o  humilha por ganhar menos  e cobra por tudo que lhe dá.

Mas o homem  mesmo que sofra violencia física nunca presta queixa ou  vai a uma delegacia, porque se sente humilhado e admitir  que é dominado vai piorar a situação.

Mulheres muito possessivas ciumentas  e dominadoras  que nunca estão satisfeitas ,tambem sabem agredir  o parceiro  diminuindo-o na frente dos filhos e dos amigos, reclamando de sua performance sexual “ ele não é de nada”  ou de sua incapacidade de satisfaze-la  , e  sua dificuldade em ganhar dinheiro. O   que conseguem com isso é “castrar” o marido que   acaba perdendo todo o interesse sexual por ela, e vai procurar outra que possa admira-lo, e  que levante sua moral.

Com  humilhações gritos, gestos  piadas, brincadeiras as mulheres conseguem transformar seus principes encantados em sapos.. ..e depois reclamam   que  ele não lhe da atenção, não conversa ou prefere os amigos.

Os parceiros conhecem muito bem os pontos fracos um do outro, e usam isso para agredir sem deixar marcas.

Reclamar do marido  na  presença dos filhos é duplamente  cruel.  Humilha o homem  e passa para os filhos  uma imagem masculina fraca   e incapaz e uma imagem feminina de megera e mãe terrivel, o que vai  afetar    suas  futuras  escolhas amorosas.

O caso  relatado acima é menos comum, principalmente pelo sangue frio  e a crueldade, que não esperamos ver numa mulher.

Mas na historia e mitologia temos  exemplos   da terrivel violencia da mulher, como Medéia que mata os filhos para se vingar do marido, e Circe a feiticeira que transformava os homens em porcos. ( algumas sabem fazer isso muito bem)

As mulheres devem cuidar para não  repetirem esses modelos, pois com violencia psicológia e atitudes depreciativas  homens carinhosos   podem se transformar em animais    sem coração.

A maioria dos livros de auto ajuda  sobre relacionamentos se dirigem as mulheres e os titulos como” homens que não amam” “homens que  crueis”  etc,  cometem a injustiça de dizer que a violencia  a maldade  são exclusivas dos homens.

Homens também são frágeis tem sentimentos  e sabem amar tanto quanto as mulheres.

Basta ver  as obras de arte, musicas, poesias escritas por eles, geralmente para nós..

 

I

 

Quando a mulher tem salário maior que o marido

Mulher com salario maior  que o marido  desperta competição

 Ao longo do tempo, o casamento foi passando por muitas transformações. Até a década de 1950, o casal tradicional tinha os papéis bem definidos: o homem trabalhava para sustentar a família e a mulher cuidava dos filhos e da casa. Nesse arranjo, a esposa seria submissa ao marido e deveria estar sempre bonita e alegre em casa para recebê-lo.
Um dia desses recebi um e-mail curioso, com algumas frases da revista feminina Jornal das Moças, famosa na época, que mostra bem como era a relação conjugal: “Sempre que o marido sair com os amigos e chegar em casa a altas horas da noite, espere-o linda, perfumada e dócil”, aconselha um exemplar de 1955, por exemplo. Passados mais de 50 anos, a estrutura familiar mudou. Hoje, grande parte das mulheres trabalha e cuida dos filhos. Ainda precisa cuidar da vaidade e da saúde, claro, fazendo academia, por exemplo, e ler e estudar, para se manterem bem informada.
Quando essa mulher moderna casa com um homem do mesmo nível econômico e intelectual, em geral a admiração é mútua. Os dois se respeitam e um ajuda o outro a crescer, formando uma boa parceria, com muito maior possibilidade de dar certo.
Mas em inúmeros casamentos não ocorre tal equilíbrio. Entre os motivos está o fato de a mulher ganhar mais que o marido. Em geral, é mais difícil para ele aceitar que a esposa seja superior intelectual ou financeiramente.
Mesmo que aparentemente pareça admirála – e isso felizmente ocorre com uma parte – , nossa cultura machista faz com que, inconscientemente, passe a invejá-la. Com isso, começa a competir com a parceira e, pior, às vezes se põe a agredi-la de várias formas, seja desmerecendo seu sucesso e atacando sua feminilidade, seja rejeitando-a sexualmente.
Para complicar o embate entre os sexos, a mulher também acaba desvalorizando a sua feminilidade. Isso acontece porque, de maneira inconsciente, ela se sente mal ao ganhar mais ou ter mais sucesso que o parceiro. Em consequência, revida às agressões dele e se gaba por prover a casa, o que não contribui em nada para um entendimento.
O fato é que a situação não precisava ser assim. Bastaria ele entender que a mulher não é inferior, é apenas diferente: sensível e criativa. Mas tais virtudes femininas só são valorizadas por homens realizados na profissão ou que fazem um trabalho criativo, a exemplo dos artistas. Esses em geral conseguem respeitar e conviver com uma mulher poderosa e ainda ajudam nas tarefas domésticas.
Afinal, não se pode esquecer do real significado de um casamento feliz. Não importa quem ganha mais ou quem tem mais poder. Existem valores muito mais importantes, como cumplicidade, amizade, honestidade, ética e sinceridade. É preciso ajudar o companheiro a crescer, ser autêntico, se preocupar com a saúde física e mental de seu par e dos filhos, ter bom humor e ao mesmo tempo ser paciente. Valores superficiais como ter carros do ano, frequentar os melhores e mais caros restaurantes da cidade e fazer compras a toda hora nos melhores shoppings não são essenciais para uma relação feliz.
É melhor ser do que ter, enfim. Um homem feliz não vai se sentir desestabilizado pelo fato de a mulher ganhar mais. Ao contrário, irá aproveitar essa sorte e ajudar a cuidar com todo o carinho da família e de seu patrimônio.

Dependencia não é amor

Dependencia não é sinal de amor, numa relação equilibrada  não ha domínio
Quando, num casal, um se sente mais poderoso ou mais fraco do que o outro é sinal de que o relacionamento não vai bem. Quem ama não domina e tampouco deve deixar-se submeter. No amor, o que pode haver é uma dependência mútua, de lado a lado, sem sofrimento. E confiança. Carência e poder só geram sofrimento e angústia, nunca o prazer e a alegria típicos do amor.
em todas as relações há quem precise mais — ou menos — do outro, mas algumas vezes essa  dinâmica torna-se doentia: aquele que precisa menos assume o poder; o mais apegado sofre, pois experimenta uma espécie de vício, é como se não conseguisse viver sem o ser amado. “Eu não existo sem você”, diz ao parceiro ou parceira. Isso não é amor, é dependência. Mesmo sabendo que não é amada, essa pessoa não consegue se separar ou prescindir da outra. Narcisistas gostam de se relacionar com gente assim, que depende totalmente deles. Isso faz bem à sua vaidade. “Sem mim, ele/ela não existe”, pensam. Muitos casais se relacionam dessa maneira. Acham que vivem uma história de amor, mas o que os une é apenas a dependência.
Num bom relacionamento há um equilíbrio de poder. Há uma dependência mútua, mas sem sofrimento, ambos têm vida, amigos e interesses próprios — e confiam um no outro. Gostam de ficar juntos e também de ficar sós. Quando se encontram não há cobranças, mas conversas, troca de interesses, cumplicidade e desejo.
Um amor em que há domínio, medo de ser abandonado e insegurança é um amor doente. Se um dos dois vive mostrando ao outro que deve agradecer por estarem juntos e que, se terminarem, não sentirá nada, pois tem uma fila de pretendentes, é claro que isso provoca ansiedade no mais fraco. Com medo de ser abandonado, ele se submete e faz de tudo para não perder seu amor. Vive atormentado e nunca diz “não” ou expressa o que sente. Nesse caso, está claro que o amor só existe de um lado, que não há equilíbrio e que aquele que detém mais poder abusa da pessoa que diz amar.
Às vezes acontece de o mais fraco tentar reverter a situação de dependência, mudar a dinâmica, e então os papéis se invertem — aquele que abusava começa a se sentir inseguro. Ou seja, não adianta querer se tornar indiferente, se afastar ou a subjugar o outro. O que é preciso é tentar mudar essa situação.
Como? Primeiro, vendo a realidade. Não é porque amamos alguém que esse alguém vai nos amar. Precisamos tentar ver o outro como ele é, com suas virtudes e defeitos, não idealizando, não lhe dando mais valor do que tem. Também temos de nos ver como somos, valorizar o que temos de bom — e lembrar que, como nós, o outro vai sofrer, sim, se houver um rompimento. Igualmente importante é não deixar de dizer o que sentimos, dar opiniões, não ter medo de discordar. Quem se anula pelo outro fica desinteressante. Para restabelecer o equilíbrio, é preciso parar de implorar por amor, manter a dignidade, confiar em si.
Vale a pena também ficar sozinho algumas vezes, procurar amigos, começar uma atividade nova, um hobby, ginástica, teatro, aprender uma língua, enfim, tirar um pouco da energia que é depositada na relação. Em geral, isso basta para que o a amor fique mais equilibrado e o interesse volte. O amor deve dar prazer e alegria, se só dá sofrimento e angústia, não é amor, é dependência e carência.
Agora, se por fim chegarmos à conclusão de que o amor é unilateral, de que só um ama pelos dois, então devemos ter a coragem de ficar sós. O ideal romântico diz que somos apenas uma metade que precisa ser completada e acreditamos nessa fantasia, mas ela não corresponde à realidade. Estar acompanhado nem sempre é melhor que estar só. Ficar só é possível e pode ser muito bom

Confiança e respeito são fundamentais para um bom relacionamento

 

Atração física e afeto são fundamentais, mas para que um relacionamento seja realmente bom, é preciso também que não haja  disputa  de poder entre os parceiros, que ambos sejam leais e acreditem na lealdade do outro e que tolerem mutuamente as características e opiniões de cada um. O casal que tem isso não se perde em cobranças e consegue viver feliz.

O  que caracteriza uma boa relação amorosa – casamento ou namoro, homo ou heterossexual.

Em primeiro lugar, tem de haver   equilíbrio, confiança e respeito. Atração física e bom sexo são fundamentais, claro. Mas se não estiverem associados a lealdade, admiração e aceitação das diferenças não serão suficientes.

Equilíbrio significa que os dois têm o mesmo poder. Ninguém manda ou obedece. Ambos são adultos e responsáveis. Podem brigar e discutir suas opiniões, mas aceitam as diferenças com maturidade, sem exigir que o outro pense igual. Se uma pessoa sente que o parceiro, por ter opiniões diversas, está contra ela, então não quer um companheiro, quer  dominar, quer estar no controle.

Um casal equilibrado briga e faz as pazes, discute sem ofensas e até pode ter um tempo para o famoso D.R. (discutir a relação). Faz planos a curto e a longo prazo, do cinema à compra de uma casa. Sempre discutindo, concordando, divergindo. Cada um ganha o seu dinheiro, mas  não há pão-durismo. Tanto faz quem ganha mais, um ajuda o outro quando é preciso, pois quem está junto é companheiro sempre, nos períodos de vacas gordas e de vacas magras.

Amar é também confiar e ser confiável. É ser fiel e leal, não mentir ou omitir informações sobre coisas importantes como dinheiro, outros relacionamentos, doenças. Afinal, um tem o direito de saber o que se passa com outro e de participar de decisões cruciais que o envolvam.

Mas não pode haver cobranças, pois quem ama respeita e se preocupa com os sentimentos do parceiro. Se ele está triste e calado, não fica insistindo para que fale e explique o que tem. Sabe que nessa hora o melhor é esperar. Se há confiança, ele falará quando puder – ou  quiser. Aí, é ter paciência e ser um bom ouvinte, sem críticas ou conselhos. E se ele não quiser falar? Não tem tanta importância. Todos temos os nossos segredos. Num casal, cada um tem o direito de ter suas fantasias, mesmo sexuais, e de não contar tudo o que sente. Os dois precisam poder escolher os próprios amigos e sair com eles de vez em quando, ter um hobby, olhar para onde quiser, ter tempo só para si.

Um pouco de ciúme, vá lá, pois só não tem nenhum ciúme quem não tem amor. Mas sem exagero. O que não pode faltar é atração sexual – e  ternura, e carinho. Amizade com sexo prazeroso é perfeito. Os dois precisam gostar de ficar sozinhos, curtindo a companhia um do outro, e de viajar, cozinhar, assistir filmes ou simplesmente ficar em silêncio juntos, cada um com seu hobby, com seu livro ou seu computador.

Sugiro que sejam delicados e ternos, que façam um pouco de romance, que tenham gestos de carinho, como trazer um presente fora de hora, dar um beijo inesperado. E que cuidem para não ferir a autoestima do outro, mesmo se engordar, ficar careca ou estiver sem dinheiro. Ao contrário, demonstrem sua admiração sempre que possível e jamais façam críticas na frente dos filhos ou dos amigos. Para completar, recomendo que se cuidem, para que fiquem bonitos, cheirosos e agradáveis para o seu amor.

É  esse o relacionamento que desejo para meus leitores neste ano. Com muito amor, saúde, cumplicidade, carinho, sexo, dinheiro e, se possível, sem problemas.

 

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